Fonte da Juventude?


As células usam vários métodos para quebrar e reciclar componentes desgastados – a autofagia é um deles.

Na dissertação defendida na Universidade Umea, Suécia, Karin Haberg mostra que a proteína SNX18 é necessária para as células serem capazes de realizar a autofagia.

Os experimentos foram realizados com organismos mais simples como moscas de frutas até os mais complexos como ratos, sempre estimulando a autofagia, entendendo o mecanismo que relacione este evento com a longevidade. Ainda não é claro se os resultados são diretamente traduzíveis para os seres humanos. No entanto, existem teorias de que a restrição calórica, que é uma forma relativamente bem estabelecida de aumentar a longevidade, induz níveis mais elevados de autofagia, que ajudaria a atrasar o envelhecimento.

Células metabolizam suas proteínas velhas e organelas celulares no processo de divisão. A autofagia é – em um exemplo simplista – quando, por exemplo, uma mitocôndria de uma célula está com problemas em realizar a respiração celular. Neste caso, a célula envia comandos para que esta mitocôndria seja destruída por possuir um defeito que prejudica o bom funcionamento geral da célula como um todo.

O termo autofagia vem do grego e significa, mais ou menos, comer a si mesmo. Este processo é importante para “limpar” componentes defeituosos, evitando danos e doenças.

Moléculas discriminadas são colocadas em um saco membranoso chamado autofagossomo. Isso, então, se funde com um lisossomo – organela celular que contém enzimas especializadas em quebrar moléculas, degradando-as. Os produtos desta ‘digestão’ são reciclados pela própria célula, formando novas moléculas.

                      
Karin mostrou que a SNX18 se liga e pode remodelar as membranas celulares. Os estudos sobre o papel desempenhado por essa proteína revelaram que ela teria a capacidade de interferir no RNA, diminuindo drasticamente o número de autofagossomo, inibindo o processo de autofagia.
Quando as células foram manipuladas com SNX18, o número de autofagossomos aumentou. Os estudos de autofagia foram realizados em colaboração com uma equipe de investigação da Universidade de Oslo, Noruega, liderada pela Dra. Anne Simonsen.

[crédito, Jornal Ciência].     
[Osmairo Valverde da Redação de Brasília].


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